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Arquitetos: NPS Arquitectos
- Área: 340 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Cunha Pimentel
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Fabricantes: BRUMA, Blanco, Catalano, JNF, Jansen, Sanitana

Descrição enviada pela equipe de projeto. A propriedade é composta por uma sucessão de plataformas que vencem a diferença de cotas entre as ruas adjacentes ao terreno (cerca de 12m). Na cota superior existiam já algumas construções, que surgiam de forma algo fragmentada. A proposta procurou unir estes fragmentos, delineando uma forma em "U", que define um pátio a nascente e recupera a antiga eira a sul/poente. As extremidades da nova forma iniciam-se nas pré-existências, unindo-se a poente com um novo corpo, que mantendo a forma, se destaca na sua tectónica.

O edifício foi efetuado de forma a que pudesse existir uma subdivisão funcional em três unidades de habitação distintas, duas sobrepostas no volume junto ao arruamento a norte e uma terceira no volume térreo a sul. As três unidades têm uma distribuição idêntica sendo que sala/cozinha é sempre o local central das habitações, de carácter singular, dando uma ênfase ao sítio do fogo, enquanto local de encontro e partilha, em cuja espacialidade e/ou volumetria remete à memória da Arquitetura vernacular daquela zona.


Pelo facto de se tratar de uma intervenção em edificações existentes, a maior preocupação foi propor uma ampliação cuja volumetria e linguagem não agravasse a relação existente com a envolvente.


As volumetrias da ampliação, seguem o princípio da implantação, alinhando com os edifícios existentes consolidados, nomeadamente a geometria das coberturas cuja inclinação se mantém, adquirindo uma volumetria maior apenas no alçado poente, para o interior da propriedade.

Os alçados existentes mantêm a linguagem, ou seja, são em alvenaria de granito aparente, com aparelhagem irregular. A ampliação assume um material novo e contemporâneo, betão descofrado aparente com pigmento vermelho/carmim. Embora a implantação e os volumes, das edificações existentes e ampliação, tenham uma leitura como um todo, a proposta pretende assumir o que é novo e o que é existente. A opção do pigmento vermelho do betão deve-se a duas questões. A primeira pela aproximação ao tom avermelhado da telha cerâmica a aplicar nas coberturas inclinadas, quer das edificações existentes, quer da ampliação e a segunda, pelo contraste que o vermelho irá ter com o verde das árvores da propriedade e o bosque que a envolve.




















